Textinho Emprestado

Como esse blog é um espaço democrático e esta aberto a tudo de bom que existe nessa vida, estou postando, abaixo, um textinho do meu sobrinho de coração, o Andrey Prudêncio. O garoto tem apenas 16 anos, mora na Baixada Campista, tem um orgulho danado de suas raízes caipiras, assim como eu, estuda em escola pública e descreveu como ninguém, a nossa cultura musical. É isso aí, garoto, tomei a liberdade de colocar um título e peguei emprestado do nosso bom e velho Renato Russo. Mas, ele deixa!!! Seja bem-vindo, Andrey, ao mundo maravilhoso da escrita. Mas, cuidado, é um mundo sem volta.
Deem uma olhadinha e vejam se ele tem ou não razão na sua crítica! Afinal, no auge da adolescência, o Andrey conseguiu ver o que muito marmanjo ainda não conseguiu. Agora, chega de blá, blá, blá e vamos ao texto.


Que País é Esse???

Um dia na escola, semana passada mais exatamente, o pessoal da minha sala entrou
numa discussão. O que é ignorância? O povo brasileiro é ignorante? daí, eu metido como sempre, falei :

" Vejamos, num certo dia, numa linda tarde qualquer, um homem qualquer pega uma latinha, um pedaço de madeira e começa... batendo, batendo, e aí vem em sua cabeça, algumas palavras, 20 no máximo,que são: “Rebolation é bom”, “mão na cabeça que vai começar”, e mais algumas outras.

Ele pega essa música e põe na rádio, ou em outro lugar qualquer. Fica rico, faz sucesso, e ninguém esquece dele e nem da música. Música que contém só 20 palavras!!Não esqueçam.

Aí você para e pensa... uma música que contém mais de mil palavras, como "Faroeste Caboclo" do Legião Urbana, feita pelo grande Renato Russo. Para um cara fazer uma música assim, ele deve ser no mínimo, um "crânio". Comparemos as duas músicas, a de mil, com a de 20 palavras. Conclusão: a de 20 faz MUITO mais sucesso que a de mil.

A sociedade prefere, valoriza um cara que faz uma música que qualquer um pode fazer, basta ter tempo disponível. Será que a população é ignorante, gente ?

Vocês sabem quem foi Renato Russo?

Agora parem, pensem, reflitam quanto à nossa sociedade.”


by Andrey Prudêncio